segunda-feira, 9 de julho de 2012

Sangue



Sangue...
Escorre pelos olhos como lágrimas,
Saem do corpo como suor,
Corre pelas veias como veneno,
Sangue...
Sai dos meus olhos e caem nas águas,
Mancham roupas brancas e lençóis,
Saem de si mesmo, Em meio ao sóis...
Sangue...
Volta coagulado ao meu corpo sujo,
Me deixa nos olhos de quem me faz,
Volta pros meus sonhos, Como não se vai...

Abraão Da Silva

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Tentação Diabólica


Com o calor do frio me fortaleço,
Com a tristeza me alimento,
Com a dor...
Eu riu enquanto me alimento.

Durmo dentro de seu corpo,
E o encho de mais dor,
Mato você por dentro,
Enquanto você se mata por fora.

Me fortaleço mais ainda,
Com o seu desespero inútil,
De tentar arrancar-me...
Arrancar-me de dentro de você.

Essa é minha missão,
Fazer sangrar os fracos,
E enfraquecer os fortes...
Para poderem sangrar.

Steffânio Carlos

Mente Sociopata


Corro mas não consigo sair,
Desse labirinto que é a minha mente.
Quanto mais eu tento sair,
Mais perdido eu fico em minha mente.

Estou só, Em minha mente perturbada,
Repleta de maldade e escuridão,
Aos poucos minha mente...
Vai me consumindo.

Com o medo e a dor,
Ao meu lado fico
Destruído e sem forçar,
Para lutar contra isso.

Steffânio Carlos

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Depois Dos Três Dias



Eu ouvi seu nome numa esquina,
Estavam falando em outra vida,
Uma depois de três dias,
A mesma daquela bíblia.

Quando passaram por mim, Disseram:
"Deus te abençoe"...
Eu os olhei e disse "Amém"...
Talvez por educação, Ou por meu bem.


Me convidaram pra uma reunião,
Eu tive que dizer não,
Virei as costas e fui...
Os deixei pedindo perdão.


Vi um lugar dizendo:
"Ele morreu por nós, Voltará por todos nós",
Quem é ele? Tentei o conhecer,
Tentei ser legal, Mas era tudo tão anormal.


Desisti mais uma vez,
Não conheci esse cara...
"Vem até mim", Ele diz isso, Ou algo assim,
Eu fui, Acho que ele quem se escondeu de mim.


Lembrei da história dos três dias,
Esqueci daquele dia, Não vi aquele cara,
Lembrei que antes tinha uma vida,
Depois dos três dias, Eu posso viver todo dia.

Abraão Da Silva

Sinto



Sinto frio,
Sinto medo,
Sinto falta de afeto,
Sinto fome,
Sinto a queda,
De uma noite perversa.


Tenho fome de vingança,
A vontade de falar,
O que me vem a cabeça,
O que você não quer pensar,
Sinto uma falta ingrata,
Vergonha que está na cara.


Os números estão no quadro,
E sua cara nos livros,
Sua vida jogada no lixo,
Teu amor foi destruído,
Você tentou suicídio...
Mas foi fraca de mais pra isso.


Sinto ódio,
Sinto seu cheiro,
Sinto um leve desespero,
Sinto raiva e não durmo,
Me acoberto no meu mundo..
Sinto que ouvi um "juro".

Abraão Da Silva

Em Busca Do Fim Do Túnel



Tento sair mas não consigo,
Tento gritar mas não me escutam,
Pedindo socorro em meio ao escuro,
Tento chorara mas não consigo.


Não tenho emoções,
Estou vazio por dentro,
E sozinho no escuro,
Procurando um claro.


Tento correr em meio ao escuro,
Mas não consigo por que
não tenho mais forças para
combater o mal.

Steffânio Carlos 

Anjo Perdido



Cai de meu lar,
E não consigo voltar,
Ando pela terra procurando
um meio de voltar para meu lar.


Estou perdido em meio
a raiva e maldade
que o ser humano
tem em seu coração.


Nunca perderei a fé,
De voltar para meu lar,
Mais aos poucos vou sendo
contaminado pela maldade humana.


E aos poucos eu acho que vou perdendo,
Minha castidade e fé,
Que irei voltar
para meu lar.

Steffânio Carlos

Ceifador Corrupto



Corrompo seres e destruo suas mentes,
Torno o bem mortal e o mal imortal,
Levo os puros e deixo os impuros,
Levo a paz e felicidade e deixo dor e ódio.


Tiro sua confiança e deixo desespero,
Tiro de suas mentes a crença de salvação,
E deixo só decepção e fracasso,
Faço chorar lágrimas de sangue...


Levo para a guilhotina os inocentes,
E faço montanhas com suas cabeças,
Deixo suas almas no fogo do purgatório,
Queimando e se contorcendo de dor.

Steffânio Carlos

Doença



Mato para viver,
Caio para matar,
Curo para sangrar de novo,
A mente de quem já sonhou um dia.


Vago pela terra,
Procurando seres com maldade,
Para me alimentar e me abrigar,
Em seus corpos desgraçados pelo ódio.


Sugo seu sangue sujo,
Para me alimentar,
Abrigo-me em suas mentes,
Cheias de serpentes da traição.

Steffânio Carlos

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Sinfonia




Depravada!
Você ouve a música amaldiçoada,
A sinfonia da morte,
Você quer que te acorde.
Mutilada!
A sua pele rasgada,
Sangra e não para,
Perde sua alma.
Odiosa!
Vida mais que teimosa,
Sinfonia que te mata,
Sonho que não acaba.
Obscura!
A vida não é mais sua,
Cala a boca e me escuta,
Escuta aquela musica.
Sinfonia!
Que ouço todo dia,
Sangra os meus ouvidos,
Destrói a minha vida.
Sufocado!
Por seu sangue amargo,
Teu jeito torturado,
E meus olhos sangrados.
Morte!
É o som da vida pobre,
Aquela sinfonia vadia,
Que toca em sua vida.

Abraão Da Silva

terça-feira, 15 de maio de 2012

Falsete



Alimento teu prazer,
Com minha vontade de morrer,
Alimento tua esperança,
Te faço chorar e te dou lembranças,
Te amarguro, Te seguro...


Alimento teu prazer,
Com o mesmo sentimento,
E esqueço de dizer,
O quanto te pretendo,
O quanto te alimento?


Alimento teu sorriso,
O seu falso sorriso,
Ajudo a mentir,
Te faço desistir,
Pra você vou mentir.

Abraão Da Silva
Steffânio Carlos

Paixão Perdida



Perco a paixão,
Encontro a dor,
Grito para alguém me escutar,
Mas é como se eu tivesse no deserto.


Só ouço o barulho do silêncio,
Que deixa a loucura incontrolada,
Deito com o coração sem emoção,
A cabeça destruída pela loucura do silêncio.


Meu coração sem paixão,
Minha cabeça sem razão,
Meu corpo sem reação,
Estou sendo destruído pela solidão.

Steffânio Carlos

domingo, 13 de maio de 2012

Hemorragia Mental



As vezes o sol tem parado de brilhar,
A lua transparecia e o céu te castiga,
A luz dos teus olhos acendiam o obvio,
E me mostravam o quanto estou sóbrio.


Deixei um copo na mesa,
Perto da caixa de som,
Ouvi sua voz gritando,
Ouvi seu pensamento em alto som.


Estava muito assustada,
Não chorava enquanto gritava,
O sangue fervia e te irritava,
A sua voz aos poucos se acalmava.


Acariciei teu corpo,
Minhas mãos te queimavam,
Você tinha vontade,
Mas muito se controlava.


As vezes teu corpo tremia,
Sentia o frio de um dia quente,
Queria o calor de uma noite ardente,
E seu corpo... Inocente.

Abraão Da Silva

Solidão Abstrata



Corto-me para satisfazer meu ódio,
Grito em silêncio para controlar meus sentimentos,
Choro para destruir minha alegria,
Abraço-me para controlar minha solidão.


Em plena escuridão obscura,
Tento me libertar da felicidade,
Caindo no poço da solidão,
Na minha mente torturada.


Me auto-destruo na minha mente perturbada,
Tento arrancar a raiz do perdão,
Que está enfincada em meu coração,
De dor e decepção.

Steffânio Carlos

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Dissertação De Suicídio Pós Necrofilia



A tua boca seca,
Sem vontade de beijar,
Beija um corpo morto,
E me beija sem parar.


Você tinha um anel,
Pegou do falecido marido,
Cometeu necrofilia,
Pensou um pouco na malicia.


Seu filho te viu fazendo isso,
Depois disso te odeia,
Ele quer fugir de casa,
Não quero continuar com essa vaca.


E começou a se drogar,
Fumou maconha até apagar,
Lembrou da morte do pai,
E se drogou ainda mais.


No corpo imundo enterrado,
Que não dorme sossegado,
Tem uma ferida aberta,
Tem uma faca nele enfiado.


Se drogou ainda mais,
Ouvindo a voz do seu pai,
Conseguiu se concentrar,
E depois se matar.

Abraão Da Silva

Mutilação Superficial



Furo teus olhos para poder enxergar,
Quebro tuas pernas para poder andar,
Arranco seu coração para poder amar,
Arranco da sua mente algo para pensar,
Tiro suas lágrimas para poder chorar.


Limpo o sangue em seu corpo,
Te jogo no abismo profundo, Sem esforço,
Deixo você no vento da solidão,
Para corromper seu coração,
E não te dar o perdão.


Grito para não escutar meus pensamentos,
Fecho meus olhos para não ver o que quero,
E vivo a pressão do aturdo mais sincero,
Ouvindo seus gritos em meio ao deserto,
Clamando pelo calor, Nesse eterno inverno.

Steffânio Carlos
Abraão Da Silva

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Tormento



A alma dela estava fria,
Eu senti ela me soprar,
Ela estava tão sozinha,
Ela estava à rezar.


As suas lágrimas caiam,
E minha mente assim ardia,
A sua alma transparecia,
E você nada entendia.


A muito tempo eu sabia,
Que tudo isso era mentira,
A alma dela me dizia,
E me mostrava onde eu ia.


Aquela alma esfriava,
Soprava frio em meus ouvidos,
Mas eu sei que estava sozinho,
Não sentia ninguém comigo.


Aquela alma não queria rezar,
Ela tentava... Não sabe onde está,
A alma fria que me faz respirar,
Me faz sentir o frio, Me faz congelar.

Abraão Da Silva

Perturbo



Pra que viver, Já que se pode morrer?
Pra que rir, Já que se pode chorar?
Escondo-me no meu obscuro,
E contamino os puros.


Sou como um verme,
Que rasteja sobre sua mente,
Tiro sua razão,
E me alimento de sua emoção.


Te perturbo, Te machuco, Te insulto...
Me encontro agora em plena escuridão,
Alimentando me dessa ilusão,
Em plena solidão,
Na solidão da minha mente obscura.


Steffânio Carlos
Sara Thamiris
Leticya Getielly